É evidente que o uso de celulares nas escolas é assunto complexo e controverso ... Poderia até trazer benefícios, mas a concorrência das redes sociais e outras futilidades tornam a competição inglória ...

 

Não resta a menor dúvida de que  a tecnologia digital, com seu conjunto de ferramentas e recursos (celular, tablet, computador e a comunicação visual, etc), podem propiciar um ganho absurdo de produtividade no aprendizado, sem que se abra espaço para os maus usos, como a simples "comodidade digital" de se trocar, por exemplo, "o lápis e o papel" por uma calculadora, num processo que faz com que os alunos acabem desaprendendo fazer contas !

 

Vemos ainda que ao se centrar a questão no uso ou não do celular na escola, deixa-se de lado um outro aspecto muito importante em relação a esse dispositivo: a importância do processo de aprender a programar celular e mesmo computadores. A lógica de programação, com os seus processos complementares e conexos, traz uma infinidade de elementos enriqueedores do processo de desenvolvimento cognitivo, numa intensidade que extrapola em muito o antigo mito de se ensinar xadres nas escola. Não que o xadrez também não tenha sua contribuição e validade, mas seu "ferramental" perde feio para o leque de processos intelectuais e criativos inerentes ao desenvolvimento de software.

 

Não se pode demonizar a tecnologia digital ... Por isso, voltamos a frisar: há que se encontrar um caminho correto para utilizar essas ferramentas fantásticas, sem que, todavia, sejam abertos espaços para outros usos com seus efeitos colaterais nocivos, a exemplo do já citado poder de dispersão e distração trazido pelas mídias digitais sociais ...